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Filme brasileiro é selecionado para competição principal no Festival de Cannes

  • Foto do escritor: Câmara Escura
    Câmara Escura
  • 2 de mai. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de mai. de 2024

Longa inédito de Karim Aïnouz irá disputar a Palma de Ouro


Por João Pedro Peron


Cena de Motel Destino | Foto: Divulgação/Pandora Filmes

Motel Destino é o novo longa de Karim Aïnouz, diretor cearense que fez muito sucesso com sua vasta filmografia, que possui filmes como A Vida Invisível (2019), Praia do Futuro (2014) e O Céu de Suely (2006). Seu novo filme foi escolhido para competir pela Palma de Ouro  com outros 21 títulos, sendo estes, obras de outros grandes  diretores, como Yorgos Lanthimos (Pobres Criaturas, A Favorita), com Kind of Kindness, Francis Coppola (O Poderoso Chefão, Apocalypse Now), com Megalopolis, e David Cronenberg (A Mosca, Crimes do Futuro), com The Shrouds.

Aïnouz é o primeiro brasileiro a competir por esse prêmio em dois anos consecutivos, visto que Firebrand (2023), primeiro filme do diretor em língua inglesa, também foi submetido para essa categoria, no ano passado. Nesse ano, o festival ocorrerá de 14 a 25 de maio e contará com a cineasta, roteirista e atriz Greta Gerwig (Lady Bird, Adoráveis Mulheres, Barbie) como presidente do júri.

Motel Destino consiste em um thriller erótico e conta a história de uma mulher, que se encontra em um relacionamento abusivo com um ex-policial, dono do Motel Destino, que, por sua vez, envolve-se com Heraldo, um jovem que chega ao local. Filmado inteiramente nas paisagens litorâneas do Ceará, contém em seu elenco nomes como Nataly Rocha, Iago Xavier e Fábio Assunção.

Em uma entrevista ao G1, Aïnouz celebrou a indicação: “É sempre muito emocionante ter um filme selecionado para o Festival de Cannes. Embora seja a minha sexta vez aqui, parece a primeira”.

Ademais, o cineasta relembra momentos de proximidade com o festival: “Foi lá que estreei com Madame Satã [filme lançado em 2002], há mais de 20 anos, exibi na Quinzena dos realizadores Abismo Prateado [filme lançado em 2011] e fui premiado com A Vida Invisível na mostra ‘Un Certain Regard’. Foi no festival que dividi com o grande público Marinheiro das Montanhas [filme lançado em 2021], um filme tão pessoal sobre a história dos meus pais, e também Firebrand.”

O curta-metragem brasileiro Amarela (dirigido por André Hayato Saito) também compete pela Palma de Ouro entre os curtas selecionados para o Festival.

Além disso, o longa brasileiro Baby foi escolhido para competir na 63ª Semana da Crítica em Cannes, uma mostra paralela, que ocorrerá simultaneamente ao festival principal, de 15 a 23 de maio.

Cena de Baby | Foto: Reprodução/Redes sociais

Esse é o segundo filme de Marcelo Caetano, que já havia dirigido e co-escrito Corpo Elétrico (2017). O longa conta a história de Wellington (João Pedro Mariano), que desenvolve uma amizade com Ronaldo (Ricardo Teodoro), um garoto de programa, que encontra em uma visita a um cinema adulto e que lhe apresenta novas estratégias de sobrevivência. No ano passado, o filme brasileiro Levante (2023) venceu nessa competição.

A 63ª Semana da Crítica também conta com a participação de curtas-metragens, que competem entre si, entre os quais foi escolhido a animação brasileira A Menina e o Pote, dirigida pela pernambucana Valentina Homem, que se passa em um mundo distópico, no qual uma garota quebra seu pote de cerâmica, que guarda um segredo dentro dele.

Além disso, o cinema nacional ainda se faz presente em outra mostra paralela, denominada Quinzena dos Cineastas, que ocorre entre 14 e 25 de maio desse ano. Nela, será exibido o documentário A Queda do Céu, inspirado no livro homônimo do xamã Davi Kopenawa Yanomami e do antropólogo francês Bruce Albert, que conta com a direção de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.

Por fim, também será exibida uma versão restaurada do clássico longa brasileiro Bye Bye Brasil (1970), dirigido pelo alagoano Carlos Diegues, na mostra Cannes Classics, dedicada às homenagens e às restaurações fílmicas, que também ocorre entre 14 e 25 de maio.

José Wilker como Lorde Cigano em Bye Bye Brasil | Foto: Divulgação

O longa conta a história dos artistas Lorde Cigano (José Wilker) e Salomé (Betty Faria) que, com a Caravana Rolidei, fazem espetáculos para os cidadãos humildes.


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